A violência, a escola e você
A onda de violência que atinge escolas no Brasil também é vista em
outras partes do mundo. Em poucos dias, sucederam-se notícias de agressões em
que uma professora teve os dentes quebrados, outra teve um dedo decepado, outra
ainda os cabelos queimados - e um professor foi morto a tiros.
Nessas horas me vêm à mente a
lembrança de um amigo de grande sabedoria e humanismo, cuja capacidade de
esperança permitia enxergar além do imediato e vislumbrar saídas. Há pouco mais
de dez anos, eu o ouvi pela última vez, pelo rádio, entrevistado justamente
sobre a violência, que já se agravava. Paulo Freire parecia perplexo, pois a
escola era para ele um cenário em que os conflitos são tratados, mas em nenhuma
hipótese com agressões. Ao escrever agora sobre esse tema, lembro que meu velho
amigo morreu antes que pudéssemos voltar a conversar e reconheço que preciso
recuperar a sintonia com minhas heranças humanistas para propor ações em que a
dimensão pedagógica se sobreponha à repressiva.
Sabemos que nenhuma escola é uma
ilha, mas parte da sociedade. E no nosso caso essa sociedade tem-se embrutecido
de forma espantosa.
Soraya - 4ªA
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