SOS – Noiva em apuros
O casamento de minha irmã Ana não foi dos mais comuns, pois tudo começou a dar errado naqueles últimos cinco dias que antecederam o evento.
Cinco dias antes da cerimônia, Ana estava terminando de olhar a decoração e tudo estava atrasado, apesar de todos estarem ajudando. Ela estava tão nervosa, que caiu umas cinco vezes.
No dia seguinte, como estava caindo um grande pé d’água, começou aquela correria para tirarem as coisas do lado de fora, já que o casamento seria ao ar livre. Ana ficou mais estressada ainda. Também, a última prova do vestido seria no dia seguinte. O vôo de Janson, o noivo, havia atrasado e ele só pegaria o outro. O bolo seria trocado também, porque a confeiteira havia errado o sabor.
O pior foi o que aconteceu dois dias antes da festa...
O dia havia começado melhor. Ana estava até mais calma, mas sem saber o que iria acontecer.
De tarde, eu estava ajudando-a com a última prova do vestido, até que ouvi batidas na porta, que se abriu lentamente.
– Toc, toc! Oi, Amor, cheguei – disse Janson, já entrando no quarto.
De repente Ana se virou e o viu. Num grito desesperado, minha irmã correu para o banheiro e caiu em lágrimas. Janson não entendia nada. Então, mandei-o para fora e disse que explicaria depois.
Ana só chorava e nada a acalmava. Também, onde acharia um outro vestido tão perto do casamento? E quem mandou a anta do noivo entrar no quarto?
Um dia antes, Ana já estava mais calma e nós fomos atrás do vestido. Em uma das lojas achamos o ideal, mas achamos também uma tremenda idiota.
– Janson vai adorar esse vestido – disse Ana, muito feliz.
– Como disse que era o nome do seu noivo? – perguntou a vendedora.
Sem se importar ou se preocupar, Ana disse-lhe o nome e, com um olhar mortal, a vendedora se levantou e nos expulsou da loja, dizendo que então havia sido por aquela gorda que ele a tinha trocado. E quem ela pensou que fosse? A “miss universo”? Pelo menos, mais tarde, nós conseguimos achar um outro vestido, mas o pior foi o que aconteceu no dia do casamento.
Ana estava linda e eu era a madrinha.
Quando Ana estava entrando na igreja, ouvimos um grito:
– Parem! – foi o que a voz disse.
Quando olhamos para o lugar de onde a voz vinha, vimos a ex de Janson, a psicótica da loja.
– Meu Deus! – disse eu – era só o que faltava!
A medíocre correu até Ana e puxou a cauda do vestido, rasgando-o. Depois, correu para Janson, dizendo:
– Não se case, por favor! Não me troque por essa idiota, feia e ridícula!
E lá veio ela de novo, achando-se a “tal”, mas o que surpreendeu mesmo foi o que Janson disse:
– Vá embora! Eu não a amo mais! Ana é e será, para sempre, a única mulher com quem eu quero viver, até o fim dos meus dias.
Todos se emocionaram. Janson então desceu do altar, pegou Ana pela mão e a levou para lá pessoalmente. A festa foi linda.
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