Em um canto verde da cidade
Assim de um modo simples e sensato, sem você querer dizer, nasce uma crônica, sem ao menos aprender a compreender.
Foi desse modo que criou aquela crônica, ela, que não se mede pelo saber e sim pelo que quer ser.
Começa em um momento especial daquela vida, como se só existisse apenas um e, sim, um de muitos bons momentos.
Sendo estranhamente diferente, sei o que ele queria entender, acho que sou a única.
Mas o que ela queria dizer, ninguém podia saber. Isso parece estranho, mas ela olhava diretamente para o topo daquela árvore, como se tivesse alguém lá em cima, mas ninguém conseguia saber quem lá estava.
Naquela rua afastada e muito bagunçada, mas em um canto verde de um simples começo, existe alguém que ainda é feliz, como se no cinza amarelado de uma cidade grande só existissem os dois. E como ele poderia falar se ela nem o deixava respirar?
De vez em quando, passava por lá e via a cena que não dá pra explicar. Era um gato que ela tentava salvar. Mingau era seu nome e, se ele falasse, gritaria e correria dali, pois a menina, que não sabe muito, o perseguia, sem deixá-lo ao menos miar.
E o gato, em um miado engraçado, desceu da árvore e foi miando, reclamando com ela que falou que “se fosse meu gato, ele iria me amar”.
E ouvindo ela dizer isso, risos engraçados, logo comecei a dar.
Agora, que sempre passo por lá, vejo essa estranha cena se propagar, mas, se eu fosse o gato, iria cobrar um pouco de liberdade, pelo menos naquele pequeno canto verde da cidade.